Uma Aventura

E outras coleções

Uma Aventura Secreta

Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada

Arlindo Fagundes

Editorial Caminho
Coleção , nº44
240 pp
sob consulta

Resumo/Apresentação

Quando as gémeas e os amigos entraram no ginásio ficaram assombrados porque viram o misterioso professor Edmundo a zumbir como se fosse uma abelha. E mais assombrados ficaram quando ele desatou a dar berros iguais aos de um elefante em fúria. Mas as surpresas não ficaram por ali. Que motivo levaria alguém a dançar com um lavatório? E quem teria perdido o pequeno relógio de ouro com duas letras gravadas na tampa? Para desvendar estes e outros enigmas... só lendo «Uma Aventura Secreta»!

 

(ISBN) 9789722114677

Excerto do Livro

«— Pronto! Vou para a cama! O resto do grupo seguiu-lhe o exemplo. As gémeas e Ana Lisa ficaram no mesmo quarto, um aposento bastante grande que tinha cama de casal e outra de pessoa só. Em vez de janela, havia uma porta envidraçada que abria para um jardinzinho minúsculo nas traseiras. — Fechem os cortinados — pediu a Luísa, — senão acordamos cedo de mais. — Hoje só sabes é dar ordens. — Pois é, mas não se zanguem, está bem? Hoje mando, amanhã obedeço. Vá! Que sono! O sono era tal que se deitou vestida e adormeceu de imediato. As outras fizeram o mesmo e o quarto mergulhou no mais profundo silêncio. Ana Lisa não saberia dizer se tinha passado pouco tempo ou muito tempo quando ouviu uma voz que falava dentro da sua própria cabeça. — Ajuda! Ajuda! Que maneira estranha de chamar! Quem seria? Esfregou os olhos, apurou o ouvido e a sensação repetiu-se. Parecia-lhe que os pedidos nasciam dentro da sua cabeça. Então sentou-se, mas tão estremunhada, tão atarantada, que não reconheceu logo o quarto; por isso não encontrou o fio do candeeiro, mas um raio de luar esgueirava-se por entre os cortinados, espalhando uma claridade ténue na direcção oposta à da cama onde dormiam as gémeas. — Quem está aí? — perguntou a medo. — Quem precisa de ajuda? Em vez de resposta ouviu um uivo prolongado que lhe deixou os cabelos em pé. — É um lobo? "Aúúú..." Era mesmo um uivo, era mesmo um lobo e aproximava-se. Estaria a sonhar? A irmã tinha-lhe garantido que ali na Tapada a área reservada aos lobos estava protegida por uma cerca de arame forte que impedia os outros animais de entrar e os lobos de sair. No entanto, os uivos soavam cada vez mais perto: "Aúúúú!"

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Ondas descontroladas de arrepios percorreram-lhe o corpo. Uns era quentes e subiam-lhes à cabeça num alvoroço de contentamento porque ia fazer a experiência que tanto desejara. Outros eram arrepios frios que se dirigiam diretamente ao estômago, onde formavam uma bola de medo. Agora tinha a certeza de que estava acordada, e sabia poder contar com as gémeas. Bastava chamá-las. No entanto, preferiu não o fazer. Afastou o édredon para o lado e levantou-se devagarinho, a tomar coragem. Depois caminhou descalça e em bicos de pés até à porta de vidro. Antes de abrir os cortinados, respirou fundo. "Quero ou não quero que esteja um lobo no jardim?" A verdade era complexa. Se não aparecesse lobo nenhum, ficaria desiludida, mas o medo evaporava-se e vinha a calma. Se houvesse mesmo um lobo do lado de lá da porta, ficaria transtornada porque era um sonho que se tornava realidade mas que a enchia de pavor! Num repente abriu os cortinados, e o lobo lá estava. Grande, peludo, de focinho afiado, dentes aguçados e olhar oblíquo. Não uivou mas ergueu a pata direita e raspou levemente a vidraça como se quisesse de facto pedir ajuda. Ana Lisa, coberta de suores frios, perguntou-lhe mentalmente: — Precisas de mim? — Sim. De mãos a tremer, abriu a porta, deu um passo, e ficaram frente a frente, tão próximos que podia tocar-lhe na cabeça, mas não se atreveu. — Precisas de ajuda? — repetiu. — Sim, sim, sim. Não há dúvida, o lobo queria qualquer coisa, mas o quê?»

 

 

(in Uma Aventura Secreta, pp. 118-120)

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