Uma Aventura

E outras coleções

Uma Aventura Alarmante

Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada

Arlindo Fagundes

Editorial Caminho
Coleção , nº7
304 pp
sob consulta

Resumo/Apresentação

A ideia de visitar um laboratório de análises tinha sido acolhida com o maior entusiasmo. Os laboratórios têm sempre um ar misterioso, com os microscópios e as centenas de lamelas e tubos de vidro cheios de produtos coloridos... Mas, afinal, no dia marcado, não puderam entrar. O que teria acontecido no laboratório? O Chico e o Pedro não conseguiram resistir à tentação de entrar para descobrir e... viram-se envolvidos com as gémeas e com o João numa aventura alarmante!

 

ISBN/ 9789722100069

Excerto do Livro

«A toda a volta, em ângulo reto com a parede, prolongavam-se bancadas de fórmica branca cheias de aparelhos a mexer sozinhos, botões a abanar, outros aparelhos com luzinhas vermelhas a piscar, bicos de gás, muitos balões com rolhas de algodão, uns com um líquido vermelho, que parecia sangue, e outros com um líquido mais escuro, que parecia chá. Dossiers enormes, perfeitamente alinhados em prateleiras de armários metálicos muito luzídios eram a única nota escura do ambiente. E na parede os únicos quadros eram posters com recomendações da Organização Mundial de Saúde.     

— Não estará aqui ninguém? Não se ouve nada.     

— Talvez tenham ido tomar café.     

— Achas?     

— Não sei.     

— Assim à primeira vista está tudo tão em ordem, que custa a acreditar que haja problemas!     

— O que é que querias? Lá porque se receia qualquer coisa, o pessoal não ia encher tudo de lama e escaqueirar os vidros com o nervoso...     

— Oh! Estás parvo!     

— O que é que fazemos? Vamos embora?     

— Não. Já que entrámos, vamos ver o que se passa. .     

— Mas como? Assim que nos virem, põem-nos lá fora.     

— Talvez... — o Pedro suspendeu a frase a meio. Tinha dado com os olhos num cabide, suspenso na parede, com batas brancas. Uma ideia divertida atravessou-lhe a mente passarem por enfermeiros!     

— Chico! Olha!     

— Ah! Mesmo a calhar!     

Nem foi preciso explicarem-se melhor. Pé ante pé, dirigiram-se para o canto, retiraram as batas do cabide e vestiram-se, contendo o riso. Na cabeça enfiaram um barretinho branco, achando-se mutuamente bastante ridículos.     

— Pomos a máscara na cara? — sempre nos disfarçávamos melhor.     

— Acho que não. As pessoas não andam pelos corredores de máscara.     

— Então, vou pôr a minha ao pescoço. Se vir que alguém me pode descobrir, tapo a cara — afirmou o Chico, não resistindo a completar o disfarce.     

— Boa! Também acho! — concordou logo o Pedro.     

E, "mascarados" de enfermeiros, empurraram a porta que dava para um corredor e avançaram atrás um do outro.     

— Vê lá não largues a rir...»

 

(in Uma Aventura Alarmante, pp. 26-27)