Uma Aventura nas Férias Grandes
Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada
Arlindo Fagundes
Editorial Caminho
Coleção , nº23
304 pp
sob consulta
Resumo/Apresentação
Alugar casa para férias é sempre divertido. O pior é quando nas imediações atua um perigoso gang que não olha a meios para atingir os seus fins. Teria sido prudente não se meterem em alhadas. Mas depois de conhecerem Carolina mais a sua cadela Terceira e de detetarem sinais e incidentes de crime na vizinhança, não podiam deitar-se à sombra da bananeira! Nunca pensaram foi que um cata-vento no telhado pudesse ter tanta importância para o desenrolar da aventura!
ISBN/ 9789722122665
Excerto do Livro
«No meio daquela restolhada, apercebeu-se de um outro ruído. O ruído de um motor. Foi espreitar e viu uma carrinha verde escura subir a rua devagarinho, com os faróis apagados.
— Ora esta! Mesmo em noites de luar, é um perigo andar sem luzes. Aqueles tipos são doidos. Ainda se estampam!
Talvez o motorista tivesse consciência disso, pois conduzia de forma bem cautelosa.
— Nem parece uma carrinha, parece um caracol!
De súbito, porém, o coração deu-lhe um salto. Se fossem ladrões? Nesse caso era natural que se deslocassem assim, para passarem despercebidos. Viriam assaltar a casa dele? Apavorado, subiu as escadas a correr e foi colar a cabeça ao vidro da janela do sotão. Não. A carrinha continuou o seu caminho e afastou-se. Incapaz de sair dali sem ter a certeza de que iam mesmo embora, viu que paravam à porta da loja do Sr. Barnabé. Dois vultos saíram para o exterior, movendo-se com ar furtivo. Seriam mesmo os ladrões? Não resistiu mais e foi abanar o amigo.
— Luís! Acorda, pá!
— Hã? Que foi?
— Estão a assaltar a loja do Sr. Barnabé! Anda ver, anda!
Meio atarantado, ele levantou-se e seguiu o Pedro até à janela. Qualquer coisa de estranho se passava, de facto. Agora já não eram dois vultos mas quatro, que pela calada da noite faziam circular grandes caixotes entre a loja, o armazém e a carrinha.»
(in Uma Aventura nas Férias Grandes, pp. 101-102)