Uma Aventura nas Ilhas de Cabo Verde
Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada
Arlindo Fagundes
Editorial Caminho
Coleção , nº25
232 pp
sob consulta
Resumo/Apresentação
O grupo ganhou um concurso de televisão; o prémio é uma viagem a Cabo Verde. Quando partem só pensam em divertir-se, mas a bordo do avião viaja um rapaz que parece assustadíssimo. E assim que aterram na ilha do Sal escreve com um fósforo na pele do próprio braço: SOS. Para saberem o que se passa e poderem ajudar, têm que iludir a vigilância dos brutamontes italianos que não arredam pé e andam com o rapaz de uma ilha para outra. A certa altura saltam-lhes ao caminho pedaços de mapa, o mapa de um tesouro escondido muitos séculos antes pelos piratas que rondaram aquelas ilhas...
Vê aqui as fotografias que as autoras tiraram durante a pesquisa para esta Aventura!
ISBN: 9789722104838
Excerto do Livro
«Embora com dúvidas passaram o resto da viagem a espiá-los. Era óbvio que o pobre rapaz tinha qualquer problema, e que o impediam de comunicar, pois nem à casa de banho o deixaram ir sozinho.
— Será que o raptaram? - perguntou a Luísa, enervadíssima. — E se falássemos ao comandante?
— Estás doida! Não se raptam assim as pessoas. Para estar aqui tem que ter passaporte, papelada, autorização dos pais.
— Mas passa-se qualquer coisa. Isso garanto-te.
— Está bem, mas o que é que podemos fazer?
— Se calhar é imaginação nossa.
As dúvidas persistiram até ao fim do voo. Só quando puseram o pé em terra no aeroporto da ilha do Sal confirmaram todas as suspeitas.
Os homens avançaram pela pista um de cada lado, com o rapaz ao meio. Mas ele devia ser bem esperto pois arranjou maneira de lhes enviar uma mensagem inequívoca. Apanhou um fósforo do chão e desenhou na pele escura do seu próprio braço três letras: SOS. Depois disfarçadamente virou o braços para trás.
— Pedro! Ele está a pedir socorro.
— Temos que fazer qualquer coisa.
— Mas o quê?
Aflitíssimos viram-no desaparecer no meio da multidão.
Precipitaram-se atrás dele para a sala onde haviam de recolher as bagagens.
— Não os percas de vista! Não os percas de vista!
Não era fácil. Havia muita gente, começavam a chegar as bagagens no tapete rolante e a barafunda crescia, pois entretanto aterrara mais um avião.
De qualquer forma, agora tinham a certeza que o rapaz corria perigo e precisava de ajuda. Era impossível ignorar a mensagem universal que escrevera no braço: SOS.
— Tive uma ideia! — exclamou o Chico de repente. — Venham todos comigo!»
(in Uma Aventura nas Ilhas de Cabo Verde, pp. 24-25)