Uma Aventura

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O Ano da Peste Negra

Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada

Arlindo Fagundes

Editorial Caminho
Coleção , nº3
152 pp
sob consulta

Resumo/Apresentação

Impulsivo como sempre, João carrega nuns botões marcando sem querer uma data fatídica: 1348. Não foi preciso mais nada para a máquina do tempo disparar para esse ano, o ano em que a tremenda peste negra varreu a Europa, assassinando milhões de pessoas. Claro que Orlando quis voltar para trás, só que a máquina avariou. Então o cientista e os dois irmãos não tiveram outro remédio senão percorrer as ruas de Lisboa quase deserta em busca de um ferreiro que lhes fabricasse uma peça especial. As voltas e reviravoltas levaram-nos a um palacete onde tinham sobrevivido apenas um menino de 6 anos com fama de ter poderes sobrenaturais para curar certas doenças e o seu velho criado Valdemar. Fazem amizade. Mas quando menos esperam são todos perseguidos e assaltados por uma perigosa quadrilha. Resta-lhes lutar ou morrer.

 

ISBN: 9789722100328

Excerto do Livro

«As explicações no entanto ficaram adiadas, pois ao fundo da cocheira, numa zona ainda mais escura, alguém se pôs a gemer baixinho. A criança, indiferente à presença deles e do homem que acabara de chegar, dirigiu-se para lá, com a mão esquerda no ar e a agulha espetada em direcção ao tecto.     

O que tencionaria fazer?     

"Se calhar este miúdo não regula bem", pensou o João, "querem ver que vai picar a pessoa que está ali como fez à centopeia?"     

Automaticamente, e sem trocar impressões, foram atrás dele até ao recanto escuro.     

Envolto numa capa muito velha e esfiapada, enroscado sobre si mesmo, jazia um ser humano, que não se percebia se era homem ou mulher. Tinha as mãos crispadas sobre o rosto, e gemia, gemia, como se estivesse a sofrer muito.     

"Mais um atacado de peste negra", pensou a Ana, condoída. "Deve estar na fase em que a peste dá imensas dores!"     

O mesmo pensavam o Orlando e o João. Mas o que se seguiu fê-los mudar de ideias e deixou-os assombrados! O rapaz ajoelhou-se ao pé do doente sem nada dizer. Afastou-lhe as mãos da cara, deixando em evidência que se tratava de um homem de meia idade.     

Depois, num tom inesperado de comando, ordenou:     

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— Abre a boca!     

Sem se atrever a perguntar para quê, ele obedeceu prontamente e D. Lopo, com o mesmo ar circunspecto, enfiou a agulha várias vezes pela boca do homem tocando-lhe ao de leve num dente molar.     

— É canhoto — constatou a Ana, observando aquela cena espantosa.»


(in O Ano da Peste Negra, pp. 73-74)

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